Saídos da Rádio | André ViaMonte
Seja bem-vindo a mais uma edição do Saídos da Rádio, a rubrica do Fantastic onde damos a conhecer novos talentos da música portuguesa. Nesta nona edição da segunda temporada, André ViaMonte é o nosso convidado.
André Viamonte é o que se pode chamar um segredo bem guardado. André tem crescido como todos os cantores devem crescer: em cima do palco da vida, a entregar-se de corpo e alma às canções, conquistando uma pessoa de cada vez. Porque é isso que um cantor desta estirpe deve fazer.
ENTREVISTA
Com que idade percebeu que queria ser cantor?
André Viamonte é o que se pode chamar um segredo bem guardado. André tem crescido como todos os cantores devem crescer: em cima do palco da vida, a entregar-se de corpo e alma às canções, conquistando uma pessoa de cada vez. Porque é isso que um cantor desta estirpe deve fazer.
ENTREVISTA
Com que idade percebeu que queria ser cantor?
Já teria os meus 20 anos quando decidi que deveria cantar em público. No entanto, “cantar” era algo que fazia naturalmente. Entretanto, a busca incessante da minha identidade sonora levou-me para áreas interessantes como a composição e a criação musical. É por aí que tenciono andar.
O que distingue o André ViaMonte dos restantes projetos musicais nacionais?
Não conheço os restantes projetos musicais de uma forma aprofundada, a ponto de avaliar. No entanto, vejo-os muito ligados ao que está em voga, estando sobretudo muito mais atualizados a um nível estético musical. Existem outros que estão ligados a uma estética revivalista. Vejo poucos a decifrarem o seu caminho a pulso, de acordo com a sua identidade. Dos poucos que vejo, eu considero-me um deles.
Tem recebido elogios de várias personalidades nacionais. "Portugal não está preparado para uma voz como a tua", afirmou Mariza. Concorda com a fadista?
É inevitável não concordar tendo em conta ao currículo e sobretudo ao talento de quem o disse. No entanto quero acreditar que, se existir oportunidade de ouvir, Portugal está preparado para receber qualquer sonoridade. Somos o País dos aventureiros, e normalmente o nosso grande público é melódico e emotivo. No entanto, a música é um negócio e é normal que algo novo ou diferente possa criar medos, crenças, que consequentemente se refletem na falta de disponibilidade de oportunidades. São obstáculos que fazem parte deste percurso.
E da parte do público, que tipo de opiniões tem recebido?
Opiniões várias. A maioria gosta e entrega-se à emoção dos temas. Outros, ainda resistem e tentam analisar a música de uma forma “matemática”, tentando categorizar e colocar-lhe um rótulo, pois acham tudo muito diferente... Mas, pelos vistos e em geral, parece fazer sentido e mexe com as pessoas de alguma forma.
"Via” é o seu primeiro trabalho discográfico. Porquê este título?
“V I d A”: “Via”. Representa o nosso percurso de vida… no entrelaçado de vias que colidem com outros percursos, outras vias, outras vidas… Mais do que o destino ou a origem desse caminho, o importante é o percurso em si.
Como caracteriza este trabalho?
Um trabalho emotivo, intenso, verdadeiro e muito orgânica acabando por tornar o álbum difícil de ser categorizado num determinado género. É um álbum melódico onde todas as “roupagens” tornam-no intemporal.
O que pretende transmitir ao público com "To MyselfTown"?
“To MyselfTown” é o primeiro single extraído de “Via” seguido do pre-single: Heartland. O tema presta uma homenagem “À cidade que mora em mim...” que se derrubem muralhas e que se
construa a liberdade! O tema fala da importância que damos às regras, às normas que são incutidas em nós desde pequenos e que muitas das vezes se tornam asfixiantes dando a origem a adultos perdidos, frios, vazios de qualquer sentimento ou que se negam a sentir. O tema mostra que existe sempre tempo de sermos felizes à nossa maneira. Onde valores e crenças são usados como construção dessa liberdade e não como formas restritivas e asfixiantes.
Participou no "Factor X", da SIC, em 2013. Que balanço faz desta experiência num concurso televisivo? Considera que a sua participação influenciou o seu percurso musical?
Os concursos televisivos poderão ser vistos como atalhos, normalmente quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos, depois de muitos atalhos e trabalhos apercebi-me que nem sempre os percursos tendem a ser iguais. Todas as experiências más ou boas são importantes fontes de influência nas nossas decisões de rumo do nosso percurso. Estes concursos para além de terem trazido novos talentos na música também tem tido um papel interessante na sensibilização do público para a apreciação vocal e musical numa perspectiva diferente. Apesar da minha experiência nem sempre ter sido a mais favorável nestes programas considero que foram uteis para perceber que o meu percurso terá que ser diferente.
Que artistas tem como principais referências para o seu trabalho?
São várias as referências. Não sigo algo em concreto nem vejo os artistas como referência, mas sim os seus momentos musicais. Posso dizer que existem temas de várias bandas/artistas com que me identifico como: Rammstein, Ella Fitzgerald, Nina Simone, O Rappa, Madredeus, Ennio Morricone, Maria Callas, Adele… até Mozart, Queen e tantos outros.
Como e onde é que o público pode continuar a acompanhar o seu projeto?
Poderão acompanhar esta jornada pelo Facebook, em https://www.facebook.com/viamonte.Via ou pelo Spotify, Youtub e iTunes. Estarão sempre atualizados sobre as novidades. Obrigado pela oportunidade!
Poderão acompanhar esta jornada pelo Facebook, em https://www.facebook.com/viamonte.Via ou pelo Spotify, Youtub e iTunes. Estarão sempre atualizados sobre as novidades. Obrigado pela oportunidade!
Saídos da Rádio - T2 | Edição 9
Setembro de 2016
Convidado: André ViaMonte
Entrevista: Flávio Bártolo
Agradecimentos: Farol Música
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