Saídos da Rádio | Urban Tales
Seja bem-vindo a mais uma edição do Saídos da Rádio, a rubrica do Fantastic onde damos a conhecer novos talentos da música portuguesa. Nesta segunda edição da segunda temporada, os Urban Tales são os nossos convidados.
O projeto Urban Tales nasceu pela mão de Marcos César em 2005, mas foi em 2007 que se tornou notória a sua importância com o primeiro álbum Diary of a No distribuído mundialmente pela internacional Burning Star Records.
ENTREVISTA
Surge de um desejo de criar músicas com as quais me identificava. Já tinha passado por diversas bandas e projetos, mas os Urban Tales foi algo meu criado de raíz.
Diary of a No foi o nome do primeiro álbum, tendo chega a vários países, através da Burning Star Records. De que forma esta internacionalização foi importante para os Urban Tales?
Se pensarmos que em 2005 apenas queria criar música, sem quaisquer pretensões, o facto de ter conseguido um contrato com distribuição mundial e, desta forma, uma exposição relevante por vários países fora de Portugal, foi algo que nos deu uma enorme felicidade. Nem estava bem preparado para tal.
Em 2011 lançam o segundo álbum, considerado como um dos álbuns de metal rock mais importantes do ano. Em que é que este segundo disco se diferenciou do anterior?
Na sua agressividade. É um álbum bem mais orgânico, mais direto e, na minha opinião, mais duro e triste nas letras.
Depois disso, os Urban Tales fizeram uma pausa de cinco anos. Durante este período, o que andaram a fazer, para além de preparar o novo álbum?
Depois do segundo álbum, decidi procurar uma nova identidade. Queria fazer algo novo. Queria arriscar em diferentes sons e estilos e isso levou algum tempo. Também comecei a fazer alguns trabalhos de produção para outras bandas e decidi focar-me um pouco mais neste setor. Tudo isso levou o seu tempo, até que chegámos aqui.
Este ano surge o novo single, The Name Of Love, com uma sonoridade diferente daquilo a que nos habituaram. Porquê esta mudança de registo?
Era algo que queria tentar. Andava a ouvir muita musica mais acústica ou mais calma, o que me levou a procurar mais esses caminhos.
O facto de escolherem The Name Of Love como single poderá indicar um novo caminho para o vosso projeto?
Sim, completamente. Ao escolher essa música para single, foi como uma tomada de decisão e de expor os Urban Tales com uma nova sonoridade. Desta forma, todos já sabem o que podem esperar do novo álbum.
Para além da nova sonoridade, sabemos que o Marcos regressa sozinho, não tendo uma banda fixa. Esta dinâmica será para manter ou podemos esperar novidades quanto à formação dos Urban Tales?
Sim, será para manter. A exceção só se verifica quando é necessário dar concertos ou ir gravar a estúdio.
Depois do lançamento desta música, segue-se a edição de um álbum? Quais são os planos para os próximos tempos?
Para já, e porque o novo single saiu há umas semana e ainda estamos a absorver tudo, estou a desfrutar da coisa. Depois sim, será para lançar o novo trabalho, mas para já não há datas . É algo que vai acontecer naturalmente.
As plataformas digitais são, cada vez, uma aposta forte no mundo da música. Acham que esta nova forma de ouvir o vosso trabalho poderá ser uma vantagem? Porquê?
Completamente. Estamos numa nova era e há que aceitá-la. Torna-se mais fácil ouvir e conhecer novas musicas/bandas.
Qual é o lugar dos Urban Tales no panorama musical atual?
Nem eu sei. O que sei é que agora fazemos música dentro de um rock calmo. Esta é a minha opinião. Contudo, tenho a certeza que outros poderão ter opinião bem diferente. Talvez quem oiça agora os Urban Tales saiba melhor di que eu qual seja esse lugar...
Saídos da Rádio - T2 | Edição 2
Maio de 2016
Convidados: Urban Tales
Entrevista: André Pereira
Agradecimento: Farol Música
Agradecimento: Farol Música
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