Segunda Opinião | "5 para a meia-noite: as quintas já não são o que eram"
O 5 para a meia-noite regressou à antena da RTP1 no início de janeiro. Depois de uma revolução total no formato em setembro - com novos apresentadores, novo cenário e novos conteúdos - a grande alteração no início de 2016 aconteceu às quintas-feiras.
Pedro Fernandes abandonou o programa, depois de 10 anos na sua condução. O apresentador agarrou um novo desafio, ficando responsável pelo principal formato de entretenimento do horário nobre da estação pública. Para o seu lugar, a RTP recrutou a sexóloga Marta Crawford. Infelizmente, a mudança foi para pior.
O 5 para a meia-noite parece estar agora descaracterizado nesse dia. O humor característico deu lugar a conselhos sobre sexo. A boa disposição e o à vontade do apresentador foram substituídos por uma cara que demonstra um certo nervosismo na condução do formato. Assim é o novo 5 para a meia-noite de quinta-feira.
No fundo, os programas de Marta Crawford não são carne nem são peixe, são uma mistura de estilos que pouco acrescentam àquilo que os espetadores querem ver. E isso é cada vez mais visível nos comentários negativos que enchem a página do Facebook do programa, que se opõem à noite temática semanal.
Os próprios convidados parecem até incomodados com algumas perguntas e propostas da apresentadora. As perguntas colocadas também nem sempre são as melhoras, caindo muitas vezes no ridículo. E o facto de andarem quase sempre à volta do sexo, acaba por cansar.
O 5 voltou mas já não é a mesma coisa. Por favor, repensem as quintas-feiras. Deixem Marta Crawford ter o seu próprio programa sobre sexo nas noites da RTP, mas não a deixem fazer isso no 5 para a meia-noite. Reservem os sofás para Nilton, Filomena, Unas e Alvim, porque quando se tenta misturar dois mundos que nada têm a ver, dificilmente se conseguirá fazer um formato de sucesso.
Segunda Opinião - Edição 54
Fantastic Televisão
Uma rubrica em parceria com o Diário da TV
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