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'Primeiras Edições' no "Perdidos e Achados" de hoje


Francisco Noronha de Andrade é um colecionador. Devoto de Fátima, tem a maior coleção privada de objetos referentes à devoção. O Perdidos e Achados de hoje segue  as pistas desta coleção acidentalmente reencontrada num armazém de Lisboa e recupera a memória de primeiras edições de alguns jornais incontornáveis para contar a história da imprensa portuguesa.

Foi no antigo armazém da editora Romano Torres, da qual é herdeiro, que Francisco Noronha de Andrade encontrou espaço para dar lastro ao gosto pelo colecionismo. Coleções e objetos da família misturam-se com o espólio da antiga editora, fundada no século XIX e que foi das mais importantes para a língua portuguesa.

No acaso de uma limpeza, Francisco cruzou-se recentemente com um caixote de jornais, a coleção de primeiras edições que resolveu fazer quando era um jovem adulto. São sobretudo jornais do tempo da transição para a democracia e do pós-revolução, quando a imprensa ganhou a criatividade das ideias e da liberdade de expressão. Muitos destes jornais foram experiências efémeras.

O programa recorda a primeira página do primeiro jornal Expresso, de 6 de janeiro de 1973, lida pelo atual diretor Ricardo Costa. Com Joaquim Letria, revemos a primeira edição do Tal e Qual, que em 1980 quebrou o tabu da relação amorosa de Sá Carneiro com Snu Abecassis.

Quase 36 anos depois, o atual diretor do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, volta a olhar para a primeira edição do matutino que mais vende em Portugal. Em 1979, o Correio da Manhã apanhou um país inebriado por uma telenovela. Lembramos a primeira capa de O Independente com a jornalista Ângela Silva, que fez a manchete.

Reencontramos José Carlos Vasconcelos no seu gabinete, com livros quase até ao teto, para lembrar a fundação do Jornal de Letras. Voltamos a 1974 com o atual diretor do Avante, Manuel Rodrigues, para rever a revolução do jornal oficial do PCP, com a transição do papel bíblia e de pequena dimensão - a versão da clandestinidade -, para a publicação legal, em maio desse ano, em papel jornal. A manchete era simbólica: "Os comunistas no governo provisório".

Para ver, hoje, no Jornal da Noite da SIC.

André Pereira