Saídos da Rádio - Edição 2 | Embaixador

 

Saídos da Rádio é o espaço do Fantastic Televisão onde damos a conhecer novos talentos da música portuguesa. Nesta segunda edição, os nossos convidados são os Embaixador, um projeto que nasceu  em 2012, através do seu membro fundador - Filipe Moura - que se assume como frontman do mesmo, tomando as rédeas das guitarras e vozes.

Depois do primeiro EP A Outra Face, editado em 2012, a “embaixada” do rock volta a dar sinal de vida com o lançamento de um novo EP – Os Dedos e os Anéis – marcando assim o início de um novo capítulo para o Embaixador.

ENTREVISTA 

1 – Como nasceu o projeto Embaixador?

Embaixador nasceu em estúdio, sem banda, sem ensaios. Era apenas eu (Filipe Moura) com umas ideias que tinha guardadas e que nunca se tinham enquadrado nas bandas anteriores. Decidi gravá-las essencialmente para consumo interno, e essa gravação acabou por dar origem ao 1º EP – A Outra Face.

2 – Em 2012 lançaram o EP A Outra Face e agora, em 2015, voltam a apostar no rock como principal sonoridade. O que podemos esperar de Os Dedos e os Anéis?

Essencialmente uma evolução relativamente ao EP anterior. Algo mais consistente mas na mesma linha, dura e crua, com “arestas” bem afiadas em termos de estética sonora.

3 – Neste regresso aos temas originais, a banda foi reformulada. Como é agora constituída e qual a função de cada elemento?

Neste momento, Embaixador é um trio. Deixou de ser um projeco com uma única face (a minha), passando a ser uma banda com 3 elementos, com o António Costa no baixo e o Gonçalo Aires na bateria.

Foto: Paulo Maninha

4 –  Foi importante para vós o facto de gravarem este trabalho nos Blacksheep Studios, um dos locais mais importantes do rock português?

Sim, creio que sim. Não apenas pelas condições, mas também pelas pessoas que fazem parte daquele estúdio. Fizeram-nos sentir em casa e isso é sempre fundamental quando se está a gravar...

5 – Este projeto pretende trazer o puro rock, procurando no entanto distanciar-se de outras sonoridades. O que faz com que Embaixador seja diferente?

Para já tocamos rock e cantamos em português, logo por aí é uma diferença abismal para 90% do panorama nacional. Há bandas “rock”, mas há poucas bandas realmente rock, ainda para mais em português... Nem tudo o que é composto por bateria, baixo e guitarra é rock. Diria que Embaixador, primeiro estranha-se mas depois entranha-se (risos) e é preciso ouvir ao vivo para depois ouvir com outros “olhos” o disco...

6 – Alguns dos vossos temas têm tendências da década de 70. Porque é que isso acontece?

Sim, a nossa sonoridade é bastante revivalista. Bebemos muito da influência dos clássicos dos anos 60 e 70, na minha opinião, quando o rock era mais puro. Desde Beatles a Stones, Zeppelin, Hendrix... mas cantado em português, o que muda radicalmente a percepção do ouvinte.

Os Dedos e os Anéis é o nome do mais recente trabalho da banda.

 7 – Como tem sido a recetividade do público ao vosso trabalho?

Somos uma banda que pretende traçar o seu caminho na estrada. É com concertos que vamos conquistar as pessoas, não há outra maneira. Não somos uma banda virtual, nem a típica banda de “videoclip”. Precisamos de palco para passar a nossa mensagem e para mostrar a nossa força enquanto banda. Isso é praticamente impossível de fazer através de uns headphones ou das colunas de um laptop...

8 – De que forma podemos acompanhar o vosso trabalho, nos palcos ou na internet?

Acompanhem todas as novidades através da nossa página oficial, em: www.facebook.com/embaixador.rock. Lá temos todas as novidades relativamente a concertos, fotos, vídeos, entrevistas, bem como os links para poderem comprar o nosso EP nas lojas digitais.

9 – Sentem-se, de algum modo, os embaixadores do novo rock português?Poderá soar demasiado altista dizê-lo em voz alta, uma vez que somos uma banda “bébé”, mas claramente que representamos uma nova sonoridade do rock em Portugal. O que nos separa desse facto, é apenas uma questão de tempo para as pessoas nos conhecerem, não temos a menos dúvida disso...

10 – Então continuarão a trabalhar nesse sentido?
Estamos a trabalhar para conseguirmos aos poucos, atingirmos esse nível de exposição. Sem pressas, um degrau de cada vez. Estamos cá para fazer carreira e não para lançar um par de Eps e desaparecer do mapa.

Saídos da Rádio - Edição2
Convidado: Embaixador
Produção: André Oliveira
Agradecimentos: Farol Música