Segunda Opinião | "Pequenos Gigantes: porquê o adiamento?"
A TVI preparava-se para estrear
no passado domingo, dia 28 de junho, a nova aposta dos domingos à noite. Pequenos Gigantes marcava a estreia de
Fátima Lopes, na condução de um formato regular, no horário nobre da estação. A
expetativa era grande e o elenco começava já a ser formado. Nomes como Rita
Pereira, Manuel Luís Goucha, Sofia Ribeiro, David Carreira ou António Raminhos,
entre outros, compunham o leque de jurados e de mentores de Pequenos Gigantes, que iria revelar
talentos de palmo e meio em várias áreas.
O programa foi adiado. Já o havia
sido, em algumas semanas, devido à emissão dos jogos da Copa América no mesmo horário de domingo. Contudo, o adiamento foi
prevalecendo e, à última hora, Pequenos
Gigantes acabou mesmo por ser adiado para finais de agosto ou inícios de
setembro.
As gravações vão, contudo,
arrancar em breve. É que esta nova aposta do entretenimento no canal de Queluz
de Baixo não será em direto. A justificação prende-se com a disponibilidade e o
desgaste das crianças participantes. O dia de exibição também ainda não foi
definido, não se sabendo se Pequenos
Gigantes irá, efetivamente, ser emitido aos domingos ou se estará aos sábados,
deixando o serão dominical guardado para uma nova edição de Big Brother Vip.
Seja qual for o cenário, a
«pedrada no charco» já foi dada, sobretudo se tivermos em conta a situação de
Fátima Lopes na TVI. A apresentadora já está há quatro anos e meio no canal e
até agora apenas teve direito a três formatos conduzidos por si: Agora é que Conta, Somos Portugal e A Tarde é Sua – se não contarmos com as
participações especiais em galas e outros formatos do género. Fátima Lopes
ambicionava este programa e, mais do que isso, precisava dele. Precisava e
merecia-o, uma vez que, com mais de 20 anos de carreira e com provas mais do
que dadas na SIC e TVI, a condução de um formato em horário nobre seria mais do
que justa.
Assim, Pequenos Gigantes será sempre visto como um presente agridoce para a apresentadora. De facto, vai acontecer e Fátima vai estrear-se no horário nobre. Mas será gravado, poderá ser ‘atirado’ para segundo plano aos sábados à noite e, para já, resumir-se-á a apenas seis emissões. Isto tudo, numa altura em que Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira continuam a ganhar destaque com os grandes formatos da estação e em que Teresa Guilherme é a cara mais apontada para regressar com Big Brother Vip.
Assim, Pequenos Gigantes será sempre visto como um presente agridoce para a apresentadora. De facto, vai acontecer e Fátima vai estrear-se no horário nobre. Mas será gravado, poderá ser ‘atirado’ para segundo plano aos sábados à noite e, para já, resumir-se-á a apenas seis emissões. Isto tudo, numa altura em que Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira continuam a ganhar destaque com os grandes formatos da estação e em que Teresa Guilherme é a cara mais apontada para regressar com Big Brother Vip.
Porquê o adiamento de Pequenos Gigantes? O diretor de
programas justificou-se com a apresentação de uma grelha alternativa para as
noites de domingo no verão. Esta semana, foram as telenovelas A Única Mulher e Mulheres a ocupar o horário. Seria esta a alternativa de que se
falava? Quando a estação tem em gaveta uma série de telefilmes inéditos e a sitcom A Casa é Minha, não se pode falar
em programação alternativa, quando o que se apresenta é “mais do mesmo”:
telenovelas.
O adiamento de Pequenos Gigantes não parece, por isso,
ter grande justificação. Parece apenas que se resumiu a um capricho da estação,
que aparentemente não confia plenamente neste formato de talentos. Mas numa
altura em que a SIC apresenta um Ídolos desgastado
e a RTP um formato de culinária mais light, Pequenos Gigantes teria tudo para
resultar ao domingo. Porque em setembro, quando a concorrência estrear Peso Pesado e The Voice Portugal, o duelo será muito mais renhido.
Segunda Opinião - 37ª Edição
Uma crónica escrita em parceira pelo Fantastic e o Diário da TV
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