Header Ads

"As Mil e Uma Noites" faz sucesso em Cannes

 

Estreou esta semana no Festival de Cannes a nova trilogia de Miguel Gomes, realizador português. As Mil e Uma Noites é o nome do conjunto de três filmes que foram recebidos em clima de elogio pela crítica internacional.

Este tríptico com uma duração total de 6 horas, composto pelos filmes "O inquieto", "O desolado" e "O encantado", inspirado nos contos populares árabes de "As mil e uma noites", foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores, uma das iniciativas paralelas ao festival, e mereceu o aplauso da imprensa presente em Cannes.

São vários as publicações internacionais que referem esta produção portuguesa. Na primeira página no jornal francês Libération é dito que este é um filme "épico"e "um organismo narrativo mutante".  
Já o Le Monde escreve que a obra é "uma epopeia fantástica, uma canção de amor aos derrotados da História, que são os portugueses de uma Europa em crise".

A revista Sound & Sight refere-se à "inexplicável sedução do cinema surrealista", sublinhando que Miguel Gomes apresenta uma obra singular e original, inovadora e "inexplicavelmente agradável de ver". A Variety fala de um "festim sensual e intelectual".

A Indiewire, o Télerama e o Hollywood Reporter são outros dos meios a dar destaque ao filme. Este último afirma que a obra de Miguel Gomes é um "testemunho do poder das histórias feitas para entreter", mas também das que "cristalizam as preocupações" dos espetadores.

Segundo Miguel Gomes, no site oficial do projeto, "o que se pretende com este filme é fazer duas coisas em simultâneo: 1) retomar o espírito delirantemente ficcional de As Mil e Uma Noites e sobretudo reafirmar com ele e através dele o vínculo que une o Rei e Xerazade e 2) traçar um retrato ou uma crónica de Portugal durante um ano (num momento em que o país está sujeito aos efeitos da “austeridade” criados pelo programa de assistência financeira da Troika)".

As Mil e Uma Noites é, por isso "ficção e retrato social, tapetes voadores e greves", dimensões que aparentemente "não estão ligadas ou pelo menos que nos habituamos a arrumar em diferentes gavetas", conclui o realizador.  
Veja o trailer do filme:

André Oliveira