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RTP: 58 anos de televisão em Portugal

 

A RTP - Radiotelevisão Portuguesa comemora hoje 58 anos de emissões regulares. A RTP1, o primeiro canal a surgir em Portugal, ainda a imagem era a preto e branco, comemora este ano o seu aniversário com a emissão da final do "Festival da Canção 2015", apresentado por Júlio Isidro e Catarina Furtado.

Seria impossível resumir 58 anos em poucos parágrafos. Mas neste dia de comemoração, o Fantastic recupera alguns dos principais momentos destas quase seis décadas de história.

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AS PRIMEIRAS IMAGENS
4 de Setembro de 1956. Meia hora depois das 21 horas. Uma câmara assesta uma das suas objetivas sobre um locutor. Foca-o. E logo após ser retirada a mira técnica, a central técnica “mete-o no ar”. Imagem ao vivo pela primeira vez. Raúl Feio apresentou o programa da noite. Nervos – estaria alguém no estúdio que os não sentisse à flor da pele?! – apenas de início se terão dado a conhecer, porque, entretanto, já o locutor “segurara” o público com a teia da sua conversa. Falava da satisfação que sentia em apresentar o primeiro programa de TV, “uma das maiores revelações do nosso tempo”. Evocou a lenda de Ali-Bábá, para declarar que ali, como na caverna, o “abre-te, sésamo!” correspondia a um desfile de maravilhas perante os olhos inquietos e deslumbrados do espetador.

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O INÍCIO OFICIAL
A primeira emissão regular, também batizada, por muitos, de oficial, foi a 7 de Março de 1957. A idade da RTP começava a ser contada. Desde então, tem sido contada. Porém, nesse dia, o público era ainda cautelosamente esclarecido: “Começam hoje as emissões da Radiotelevisão Portuguesa, que ainda não terão carácter definitivo, visto tratar-se justamente de ensaio que se alongará por alguns meses, até que esteja pronta a instalação da cadeia de emissores que cobrirá 60% do território metropolitano. Só então se farão emissões de tipo definitivo. Todavia, este período de ensaio, quer quanto ao número, quer quanto à qualidade dos programas, representa, na verdade, um avanço sensível relativamente às emissões da Feira Popular."

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A PRIMEIRA DÉCADA
A visita de Sua Santidade o Papa Paulo VI a Portugal, por ocasião do cinquentenário das aparições de Fátima, marcou, de modo significativo, a primeira década de existência das emissões regulares da RTP. Foi acontecimento que, de tão relevante para a vida do País e do mundo católico, impôs à nossa Televisão a responsabilidade da mais espetacular cobertura, em directo, até então realizada.

Planificada e dirigida por técnicos e realizadores portugueses, que envolveram nas transmissões todo o material disponível na RTP (e algum outro vindo das televisões italiana, francesa e espanhola) e 150 homens que deram o melhor de si próprios, a reportagem conheceu a rota toda dos circuitos da Eurovisão e neles “viveu” por cerca de 5 horas.

Para prova de maturidade não se podia desejar melhor, mas a reafirmação de toda a capacidade efetivamente existente chegaria pouco depois, a 22 do mesmo mês de Maio de 1967, com uma nova transmissão direta para a rede da Eurovisão: a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de Futebol, entre as equipas do Celtic de Glasgua e do Internazionale de Milão.
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20 ANOS - "GABRIELA" E "A VISITA DA CORNÉLIA"
Aparentemente foi uma coincidência – mas uma coincidência muito feliz. Aos seus 20 anos, para os comemorar e ficar alguns meses em festejos, a RTP apresentou “Gabriela” (início da era da telenovela na Televisão portuguesa, sendo então imprevisível a popularidade que estava reservada ao género, que se foi cimentando ao longo dos anos e continua, ainda hoje) e “A Visita da Cornélia” (o primeiro concurso que, na nossa TV, teve evidentes características de “show” e, ainda por cima, a virtude de ser um produto cem por cento nacional e ter confirmado e, principalmente, revelado, personalidades com rara aptidão para o espectáculo em formato ecrã).

“Gabriela” mereceu honras de apresentação à Imprensa e a muitos outros convidados (talvez 300) no salão nobre do Hotel Ritz (Lisboa) onde, a um canto, se improvisou um estúdio, para actuarem, também para os espectadores da RTP, Vinicius de Morais, Toquinho, Maria Creusa e Raúl Solnado. Quer dizer, foi rija a festa que marcou a introdução da telenovela na vida e nos hábitos do consumidor português de Televisão. Hoje, é possível dizer-se que assim foi. Então, o que se anunciava era que “Gabriela” iria ser, de Maio a Novembro, 5 dias por semana, uma companheira para o auditório nacional, no seu horário mais nobre. Esperava-se muito, é certo. Mas não se esperava tanto. Não se esperava que durante 6 meses, pelo menos 4 milhões de espectadores se tornassem fiéis a um produto novo, que chegava e vencia.

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1980: INÍCIO DA TELEVISÃO A CORES EM PORTUGAL
Emissões regulares a cores na RTP, finalmente, em 1980. Foi 7 de Março, dia do 23º aniversário da empresa, a data escolhida e o programa emitido para, simbolicamente, assinalar o arranque, tinha peso de tradição e lugar quase sempre certo em dia de anos da nossa TV: o Festival RTP da Canção. Foi, sim, a finalíssima desse Festival, transmitida em directo do Teatro Municipal de S. Luiz, em noite de festa muito animada, que entrou para a história, não apenas da RTP mas da comunicação social portuguesa.

Talvez por força do gosto então fortemente “abrasileirado” do espectador nacional, lá esteve, no miolo do espetáculo, um conjunto bem chamado de “Frenéticas”, aliás de não muito boa memória, quer pela qualidade musical quer por alguns desaires de movimentação em palco que, inclusive, levaram a que uma frenética, das mais reboladas, deixasse descair – visivelmente! – a peça de cima do biquini. Mas a noite foi muito cheia, isso foi, pelas 9 canções que atingiram a finalíssima e donde emergiu como vencedora, por expressa vontade do júri nacional (após se cumprir aquela sempre emocionante “saga” telefónica), “Um Grande, Grande Amor”, de e por José Cid. Uma bela canção e, pelos vistos, uma feliz escolha, dado o que conseguiu e o que o futuro lhe viria a reservar na estrada do êxito.


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ANOS 90 E SÉCULO XXI

No dia 10 de Junho de 1992, iniciaram-se as transmissões da RTP Internacional. Em 14 de Agosto de 1992, a RTP transformou-se em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos - a Radiotelevisão Portuguesa, S.A. No dia 7 de Janeiro de 1998, iniciaram-se as emissões regulares da RTP África, destinada aos habitantes dos lusófonos, como: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O 11 de Maio de 2000, a RTP - juntamente com a Radiodifusão Portuguesa (RDP) e a Agência Lusa - passa a fazer parte da sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos denominada Portugal Global, SGPS, S.A.. A Portugal Global foi extinta em 22 de Agosto de 2003, tendo sido feita a reestruturação do sector empresarial do Estado na área do audiovisual.

Entre outras alterações, transformou-se a antiga Radiotelevisão Portuguesa, S. A., sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, numa nova sociedade gestora de participações sociais, denominada Rádio e Televisão de Portugal, SGPS, S. A.. Foi ainda criada uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos designada Radiotelevisão Portuguesa - Serviço Público de Televisão, S. A..

Em 5 de Janeiro de 2004, a RTP2 deu lugar a um novo canal denominado 2:. Ainda em 2004, é criado o canal noticioso da RTP, a RTPN. Em 2007, a RTP comemora os seus 50 anos de emissões em Portugal.

O novo Complexo de estúdios de Chelas possui meios técnicos actuais e modernos prontos para o arranque da emissão da TDT (Televisão Digital Terrestre) e também um enorme carro de exteriores totalmente equipado para emissão em HDTV High Definition Television (Televisão de Alta Definição).

Este complexo tem 4 estúdios de 800, 400, 200 e 100 metros quadrados devidamente equipados. No dia 19 de Março de 2007, a 2: retomou a designação original, RTP2, com nova identidade. A 19 de Setembro de 2011, a RTPN torna-se a RTP Informação.

FONTES:

http://seed2.rtp.pt/50anos

pt.wikipedia.org/wiki/Rádio_e_Televisão_de_Portugal