Fantastic Entrevista... Luís Filipe Borges
FANTASTIC ENTREVISTA
TEMPORADA 6 / EDIÇÃO 1 / ABRIL DE 2014
Luís Filipe Borges é o primeiro convidado da 6ª temporada do "Fantastic
Entrevista". Nesta que é a 52ª edição da rubrica do Fantastic, iremos
estar à conversa com o apresentador do "5 Para a Meia Noite", que
atualmente podemos ver à segunda-feira à tarde, na condução do programa.
1- O "5 para a Meia Noite" já está no ar à mais de 4 anos e tem um grande sucesso? Qual é o segredo do programa?
Três factores: foi o primeiro programa multiplataforma, permitindo aos espectadores que deixassem de ser consumidores-passivos e se tornassem parte integrante da criação do programa; veio preencher uma lacuna na TV nacional, o espaço late night; e trouxe alguma originalidade ao conceito de talk-show com a característica do Verbo semanal e o facto de oferecer uma enorme diversidade de registos, por ter 5 pessoas responsáveis por 5 dias.
2 - As segundas-feiras são suas. Que tipo de preparação faz para o programa que faz os portugueses rirem às gargalhadas?
Antes de mais, muito obrigado pela simpatia da mensagem contida na pergunta! Costumo resumir o método desta forma: estar tão informado quanto a Judite de Sousa e tão bem disposto como o Herman.
2 - As segundas-feiras são suas. Que tipo de preparação faz para o programa que faz os portugueses rirem às gargalhadas?
Antes de mais, muito obrigado pela simpatia da mensagem contida na pergunta! Costumo resumir o método desta forma: estar tão informado quanto a Judite de Sousa e tão bem disposto como o Herman.
3 - Que celebridades é que gostaria de entrevistar no 5 e que ainda não conseguiu?
Uma apenas: Miguel Esteves Cardoso, o homem que ensinou a minha geração a escrever e a pensar com ironia.
4 - Olhando para a comédia em geral, como vê a comédia em Portugal?
Penso que estamos francamente atrasados em relação aos países anglo-saxónicos mas em enorme evolução desde o boom do 'Levanta-te e Ri'. Hoje há diversidade, potencial, alternativa, risco. Muito diferente do humor que existia no país nos primeiros anos da democracia, traumatizado por uma ditadura de meio século (que oprime e fecha mentalidades).
5 - Acha que a comédia se torna mais importante numa altura em que os portugueses estão cada vez mais deprimidos?
Claramente, aumenta a nobreza da nossa responsabilidade social. Entreter, colocar o dedo na ferida, tirar os poderosos do seu imaginário pedestal.
6 - Acha que é o que Portugal considera de ''famoso''. Qual é a pior parte da fama?
Não há verdadeiros famosos portugueses, com excepções à regra, como Cristiano Ronaldo, Mourinho, pouquíssimos mais. À escala nacional, e desde que não se abra a porta de casa ao mundo do social, para misturar quão bem o futon combina com o golden retriever, está tudo bem. É uma questão de resguardo e dignidade pessoal.
7 - Quando era miúdo já se imaginava a fazer comédia no futuro? Costumava fazer os colegas rir?
Não. Queria ser actor. E sim, mas tarde, quando comecei a controlar a timidez e a perceber que o humor era uma ferramenta de integração.
8 - Que projectos tem para este ano de 2014?
Continuar o '5', escrever com o meu irmão uma peça de teatro para Cláudia Semedo, estrear uma adaptação de 'Reservoir Dogs' para o palco com um elenco exclusivamente composto por comediantes, fazer espectáculos, dar aulas de Escrita Criativa, torcer pelo regresso do 'Conta-me História’.
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