"Bairro" estreia esta noite: conheça as personagens
Estreia hoje, às 23h32, a série televisiva "O Bairro", da autoria de
Francisco Moita Flores e que deu origem a um filme estreado nos cinemas em junho de 2013. Este é o primeiro de catorze episódios da nova aposta da TVI para as noites de segudna a sexta. Maria João Bastos será Diana, a
protagonista desta história. Conheça as personagens principais.
Nasceu
e cresceu no Bairro. A vida foi-lhe madrasta. Com 10 anos perdeu os
pais. O pai suicidou-se depois de ter sido despedido e não conseguir
arranjar emprego. A mãe morreu de doença. Diana foi testemunha das duas
tragédias. Ficou só, confrontada com o risco e a necessidade de
sobrevivência num mundo que sempre entendeu como injusto. O pai tinha
quarenta e poucos anos quando não conseguiu ultrapassar a angústia de
ter de sustentar a família e não conseguir. O
desemprego não foi um acidente. Foi uma doença. E Diana não perdoou a
quem o despediu. Jurou que, um dia, haver-se-ia de vingar dos ‘senhores
importantes’ que administravam a empresa que lhe deu pão e depois foi
madrasta. Portanto, Diana vive traumatizada com a morte precoce dos
pais. Abandona a escola e, por sobrevivência, entra para a quadrilha do
Bifanas, o comandante das redes de distribuição de droga e assaltos que a
quadrilha do bairro fazia pela cidade.
Aprende a roubar cedo. Mas não
concorda com o chefe que sistematicamente rouba pobres em vez de atingir
os poderosos. Um dia dá o golpe. Rouba a pistola ao Bifanas e mata-o.
Assume a chefia do bando. E dos negócios.
Quando a encontramos com trinta e quatro anos é uma criminosa refinada, com 25 anos de experiência no mundo da delinquência. Transformou-se numa personagem completa. A líder fria, calculista, protectora, mas também a mulher sedutora, engenhosa, doce, terna, solidária. O Bairro agradece-lhe a generosidade pagando com o silêncio sobre as suas actividades criminosas. Inteligente e manipuladora. Audaz. Eficaz na organização dos assaltos. Controladora dos negócios da droga. Capaz de matar com a mesma tranquilidade com que ajuda uma pessoa em aflição. Os assaltos mais ousados são comandados por ela e a quadrilha tem um respeito ilimitado às suas decisões. Há apenas uma brecha no reduto de representações sociais de Diana.
O
filho Manuel nascido de uma relação que ela não controlou. É o seu
único e maior amor. A dedicação e preocupação completa. A causa de medos
e resguardos. Com ela vieram dos antigos tempos a Nicha e o Batman.
Gatunos da mesma escola. A mulher tornou-se ama do filho. O Batman o seu
motorista, guarda costas e adjunto nas actividades criminosas. Diana
não chora. Nunca chorou. Nem de felicidade, nem de dor. Transfigura-se
como um camaleão. É a verdadeira rainha do Bairro.
Paulo Pires
Solitário.
Um polícia inteligente, simpático, bom em dedução, que se fixa em
Diana. Embora sem provas, tem a certeza de que ela é a grande estratega
dos grandes assaltos e de grande parte da distribuição de droga em
Lisboa. É teimoso e provocador. Embora esteja sempre um passo atrás, a
marcação que faz à suspeita é quase obsessiva. Porém, faz desta
perseguição um acto de ludismo. Tem a certeza que mais cedo ou mais
tarde ela vai cair nas suas armadilhas e vai aproximando-se
perigosamente. Acaba por ser seduzido, usado por ela e, sem se
aperceber, a trabalhar para ela. Quando percebe é tarde. A sua vida
profissional e familiar está destruída e Diana reforça o seu poder.
Augusto é matreiro. Gosta de se introduzir no meio criminal para
recolher informação. Consegue infiltrar-se com facilidade, conhece bem o
meio criminal, mas quando chega ao bando de Diana é como se batesse
contra um muro. Desmantelar a quadrilha é a sua maior obsessão. E vai
ser a sua derrota.
Carloto Cotta
É
bandido desde jovem. Sente-se pouco à vontade nos fatos que Diana o
obriga a usar. Desajeitado. É o cão fiel de Diana. Obedece cegamente às
suas ordens. É o adjunto que não admite falhanços. De poucas falas,
sisudo, rijo, apenas se abre com a patroa. Tem uma tara por mulheres
mais velhas e vive relações pouco duradouras. Elas fartam-se dele.
Bruto, com falta de jeito, mas sempre cortês. No fundo é um tímido,
embora seja valente. Presente em todos os grandes golpes, sempre
protegendo Diana. Só bebe água com gás. Esteve preso várias vezes por
assaltos menores. Conhece bem as cadeias. A polícia nunca lhe arrancou
uma palavra. Condutor exímio, violento nos confrontos, é temido no
Bairro pois tem fama de sanguinário. É um solitário. Misterioso. Não se
lhe conhece a história de vida. Apenas boatos. É tudo vago, sem
sustentação. Só Diana conhece os caminhos por onde andou. E os segredos.
Assim como os sarilhos em que se meteu e que ela o ajudou a escaparem.
Julie Sargeant
Veio
do passado com Diana. Marcada pela vida, vítima de maus tratos sexuais
quando menina, dedicou-se ao crime para fugir do ambiente familiar
marcado por um pai alcoólico e uma mãe anulada. Companheira de Diana do
tempo do Bifanas, é uma radical apoiante dos projectos da patroa e
severa crítica dos tempos actuais. De certa forma, é a narradora do meta
texto da série. Por ela passam as revoltas e indignações sobre os
escândalos, as injustiças, o poder dos homens que lhe provocam repulsa. É
ama de Manuel, governanta da casa, confidente de Diana. Tem pelo na
venta. Quando é para discutir, arma fitas do arco-da-velha. E tem um
medo transcendente da Polícia. Esteve presa uma vez por tráfico de
droga. Conhece Tires e os códigos de honra da prisão.
Necas
Afonso Pimentel
É
o chefe da quadrilha. Só responde perante Diana. Organizado,
empreendedor, duro, coordena a distribuição de droga e organiza os
assaltos de maior complexidade. Rápido, ágil, é especialista em
‘parcours’. É o mais cerebral de todos eles. Ponderado. Esteve duas
vezes no Reformatório e tem a Bíblia como referência, que cita muitas
vezes para grande gozo dos restantes. E, por vezes, para grandes
discussões. É órfão. É o namorado de Clara, pese a relação entre ambos
seja mais de curtir do que de amor eterno. Os outros respeitam-no.
Sobretudo quando entram em acção, tendo no seu currículo salvar alguns
deles de morte certa ou às garras da polícia.
Clara
Joana Santos Ribeiro
É
loira. Passiva. É a personagem que se deixa levar. Adora dançar.
Sensual, bonita, consome cocaína e é dependente. Fugiu da casa dos pais e
está desaparecida. Fugiu cansada da violência doméstica do pai sobre a
mãe. Pintou o cabelo de louro, durante tempos esteve escondida e agora,
já adolescente, regressou. De vez em quando na televisão passam
fotografias dela quando era mais pequena. Ninguém no grupo a reconhece. A
não ser Diana que trava com ela uma luta para que vá ter com os pais.
Porém, Clara aprendeu a liberdade das ruas e sabe que o regresso é outro
mundo de responsabilidades, ordens e violência. Prefere a violência dos
assaltos. Temperamental, capaz de armar grandes escândalos, sobretudo
quando está ‘janada’, tem longos períodos de inconstância temperamental.
É a miúda do Necas.
Francisco
Carlos Malvarez
Super
activo. Nunca pára quieto. Belicoso. Era toxicodependente mas está
recuperado. Fala com grande gestualidade. Explosivo e sempre com maus
presságios. Apaixona-se por Manuela. Mas torna-se insuportável e ela
abandona-o, passando a haver uma permanente tensão entre os dois. Fala
muito sobre vida social. Vai às manifestações e é sempre contra o
Governo. É especialista a roubar de esticão porque é muito veloz a
correr. Conduz uma moto na qual tem muito orgulho e gosta de música
heavy. Os pais, que vivem no Bairro, conformaram-se com a sua vida de
vadio e ele ganha para alimentar a casa.
Tosta Mista
Leandro
É
o membro mais cruel da quadrilha. Pouco falador. Capaz dos maiores
excessos de violência. O verdadeiro executor das decisões radicais de
Diana. Valente nos assaltos, cobrador de dívidas difíceis, esteve
internado no Reformatório durante a infância e adolescência, filho de
pais toxicodependentes que o abandonaram à sorte. Não discute com os
outros. Sempre desconfiado e capaz em qualquer instante de saltar contra
quem for hostil. O excesso de violência faz com que Diana o tenha
sempre debaixo de olho. Nunca se sabe se está amuado ou bem-disposto. E
nunca ri. Mesmo nos momentos de maior euforia.Zé Cigano
Duarte Gomes
Instintivamente
ladrão. Os pais andam pelos mercados e ele fica na casa do avô. O velho
cigano Juan que adora o neto e o protege. É ladrão e com o Necas um dos
responsáveis pela distribuição de droga. O grande sonho dele é ter a
sua própria quadrilha. Tem a paixão das armas e dos carros. Usa um carro
velho, que ele próprio adaptou e que usa, ufano, para engatar miúdas.
Vivo, agressivo, simpático, é o conquistador da quadrilha. E, de longe, o
ladrão com menos escrúpulos.
Sara Santos
É muito bonita. Tem Diana como sua deusa e referência. De certa forma, Diana recolheu-a de uma casa para sem abrigos. Vive com a quadrilha e participa na distribuição de droga. É ultra-romântica, debulhando-se em lágrimas com os amores e desamores das novelas. De uma fidelidade canina a Diana, contemporizadora, procura sempre desvanecer as birras entre a quadrilha e evitar a violência de Tosta Mista. De certa forma representa a ideia de uma ordem moral séria, porém sempre subjugada à voracidade dos objectivos da quadrilha. Tão moral que muitas vezes leva os outros ao desespero quando, no meio de um assalto, pede perdão às suas vítimas, embora as roube. É a pessoa mais simpática do grupo e bondosa.
É muito bonita. Tem Diana como sua deusa e referência. De certa forma, Diana recolheu-a de uma casa para sem abrigos. Vive com a quadrilha e participa na distribuição de droga. É ultra-romântica, debulhando-se em lágrimas com os amores e desamores das novelas. De uma fidelidade canina a Diana, contemporizadora, procura sempre desvanecer as birras entre a quadrilha e evitar a violência de Tosta Mista. De certa forma representa a ideia de uma ordem moral séria, porém sempre subjugada à voracidade dos objectivos da quadrilha. Tão moral que muitas vezes leva os outros ao desespero quando, no meio de um assalto, pede perdão às suas vítimas, embora as roube. É a pessoa mais simpática do grupo e bondosa.
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