Mateus Solano: "Ele é mau, mas tem humor também"
Mateus Solano, de 32 anos, com 13 de carreira (essencialmente no teatro, onde fez mais de 30 peças) é um dos atores do momento no Brasil. Atualmente, na novela de Walcyr Carrasco, "Amor à Vida", é o ambicioso vilão Félix e tem feito grande sucesso também no nosso país.
"Ele é mau, mas tem humor também. Esta novela tem sido um parque de diversões para mim como ator. A personagem tem vários lados, além da índole má, também é um gay que não se aceita”, afirma à Nova Gente.
Mateus está a gostar de ser odiado pelo público, e acredita que hoje os vilões também são personagens queridas. “Antes torcíamos pelos bonzinhos. Agora torcemos pelos vilões, para fazerem mais e mais maldades. Isso é uma catarse da sociedade que todo o dia tem de dizer ‘sim, senhor’, então vê um indivíduo sem escrúpulos a fazer o que quer e torce por ele. É uma troca de valores preocupante”, avalia.
"Ele é mau, mas tem humor também. Esta novela tem sido um parque de diversões para mim como ator. A personagem tem vários lados, além da índole má, também é um gay que não se aceita”, afirma à Nova Gente.
Mateus está a gostar de ser odiado pelo público, e acredita que hoje os vilões também são personagens queridas. “Antes torcíamos pelos bonzinhos. Agora torcemos pelos vilões, para fazerem mais e mais maldades. Isso é uma catarse da sociedade que todo o dia tem de dizer ‘sim, senhor’, então vê um indivíduo sem escrúpulos a fazer o que quer e torce por ele. É uma troca de valores preocupante”, avalia.
Cerca de um mês depois do primeiro episódio de "Amor à Vida", Edith (Bárbara Paz) revela à família Khoury que o marido (Félix) é gay. Apanhado de surpresa e completamente fragilizado pela primeira vez, o vilão tem uma conversa “duríssima” com César (Antonio Fagundes).
“Foi uma cena crucial, é uma reviravolta. O César mostra as garras e o Félix fragiliza-se absolutamente – e para o Félix ficar assim tem de ser algo muito grave, uma coisa muito importante para ele”, comentou. “O Walcyr está a guardar as cenas. Todos os dias há novas coisas a serem reveladas e novos mistérios a serem resolvidos. Acho que o fôlego da história é isso”, conclui.
Mateus recebeu uma educação judaica, nasceu em Brasília, mas passou parte da infância em Lisboa e depois em Washington. A adolescência e a juventude, vivida no Rio de Janeiro, levaram-no à formação nos palcos.
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