Luís Aleluia: «O meu maior desafio não é o humor, mas sim o drama»
Afastado do horário nobre há 14 anos, ator e produtor de espetáculos volta à ficção pela mão da estação pública. Na série da RTP 'Bem-Vindos a Beirais' o actor de 53 anos, veste a pele de um cabo da GNR.
Em entrevista ao Correio da Manhã, Luís Aleluia, considera que este novo projecto tem várias mais valias: «Tem três pontos fortes: faz regressar ao ecrã e ao horário nobre rostos há muito afastados da TV (já não fazia o prime time há 14 anos); chama à reflexão, através do humor, temas importantes da sociedade como o abandono das terras e o fecho das escolas; e dá ao espectador, que anda triste, o que mais falta lhe faz: descontração.»
Antes desta série, o eterno Menino Tonecas, este ainda noutro projecto de ficção da RTP - ‘Agora é a Sério’, que ainda aguarda data de estreia. Gravada há um ano, o actor foi um «jornalista veterano que mostra que apesar das licenciaturas é na prática que tudo se aprende.» considerando ter sido uma «aposta muito curiosa que recorreu ao humor ‘non sense’ para falar dos jovens que saem das faculdades de ciências da comunicação, não têm trabalho ou entram no mercado a recibos verdes.»
Questionado se era no registo do humor que se movimenta melhor, o actor considera que não. «Curiosamente o meu maior desafio não é o humor, mas sim o drama, embora seja mais difícil fazer comédia.»
Marcado com a personagem ‘Tonecas’ que fez durante vários anos, o actor ainda é reconhecido por tal. «Podem esquecer-se do meu nome e chamar-me José Aleluia, ou Luís Alegria, mas há um nome que não falham que é o ‘Tonecas’. É um privilégio muito grande para um ator sentar-se ao colo do público e ser recebido como um membro da família. Mas o menino ‘Tonecas’ é apenas um personagem que o Luís Aleluia criou, que se colou à minha pele, mas que me deu também uma outra saída profissional: produtor de espetáculos. Criei a Cartaz, Produção de Espetáculos, em 1991.»
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