Autor de 'Destinos Cruzados' promete surpresas
António Barreira, um dos maiores escritores de novelas da actualidade da televisão portuguesa, segue a bom ritmo a escrita dos episódios de “Destinos Cruzados”. A novela da TVI conta já com uma fronteira de 100 capítulos impressos, estando agora tudo a entrar numa fase de velocidade de cruzeiro e muitas surpresas.
O autor revela que «foram feitos contactos com Ruth Marlene, Mónica Sintra, com a dupla Ricardo e Henrique, Leandro, Ágata e Emanuel». A ideia é ter estes artistas a dividirem o palco com a personagem Liliane Marise. À TV7 Dias António Barreira contou ainda que os dramas não vão ter grande espaço na trama da TVI. «Não será apenas uma novela dramática, mas também a puxar por um espírito de esperança que neste momento Portugal precisa», refere.
Para Liliane Marise a inspiração veio dos próprios cantores populares reais que percorrem o país e as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. «Inspirei-me em vários artistas da música ligeira portuguesa que eu conheço. São artistas que merecem todo o respeito, que enchem as festas de verão no nosso país e que já mereciam ter destaque numa novela», revelou à revista.
O confronto entre ricos e pobres e os opostos que se cruzam são chave de oura da novela e do país real. «Vamos encontrar um Portugal moderno, um Portugal que infelizmente passa por uma grave crise. Esta novela vai misturar os extremos. Os mais ricos estão cada vez mais ricos e os mais pobres cada vez mais pobres. A classe média está a desaparecer».
“Destinos Cruzados” é, nas palavras do autor, uma novela que reflete a realidade do país porque «qualquer cidade ou qualquer localidade tem um centro de ação. Eu resido numa vila do Ribatejo. Tem um largo central com o talho, a igreja, a padaria, a sociedade recreativa».
«Não podemos cruzar os braços perante as adversidades. Temos de lutar para chegar a qualquer lado» diz o autor.
Responsável por várias tramas da TVI, como Remédio Santo e “Meu Amor”, vencedora do Emmy Internacional para melhor novela, António Barreira não pára de ter ideias e algumas vão ser usadas no futuro. «Quando temos uma boa ideia há que passá-la para o papel imediatamente, registá-la e enviá-la a quem de direito porque nunca se sabe quando é que entra em linha de produção».
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