Privados continuam a não ver com bons olhos privatização da RTP
O presidente da Media Capital, Pais do Amaral, revelou esta quinta-feira que tem conhecimento que os principais operadores de televisão europeus não querem investir numa eventual privatização de um dos canais da RTP, que está a ser estudada pelo Governo. “Sei que os principais operadores europeus não estão interessados num canal da RTP”, afirmou o responsável no congresso “Um Mar de Oportunidades”, promovido em Lisboa pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
Ainda sobre a possível privatização de um dos canais da RTP, o gestor disse que se trata de “uma ideia peregrina” no atual contexto. “Há uma grande quebra no mercado publicitário, na ordem dos 20%, e os privados debatem-se com a necessidade de fazer cortes na grelha de programação para manter a rentabilidade. Não é o momento de inserir um novo ‘player’ [operador] no mercado”, defendeu. “Cabe ao Governo decidir o que quer fazer. Nós pensamos que o serviço público não deve concorrer com as televisões privadas e não deve ter publicidade”, sublinhou. E reforçou: “São poucos os países europeus que suportam três operadores [televisivos] privados. Não faz qualquer sentido ter três operadores privados num mercado como o nosso”.
Segundo Pais do Amaral, há também a questão financeira, já que, no seu entender, “a RTP não vale 500 milhões de euros”. Por isso, o responsável questionou se o Governo já fez uma avaliação da empresa e se já tem interessados numa eventual operação de privatização.
Já Luís Marques, que é o presidente executivo da área editorial do Grupo Impresa, que detém a SIC, concordou, no mesmo evento, que “a entrada de um novo operador agrava ainda mais a situação” das empresas de media em Portugal. “Se tal acontecer, a situação torna-se catastrófica”, sublinhou, acrescentando que “é impensável que hajam muitos interessados na privatização de um canal da RTP”.
Luís Marques salientou que, nos últimos anos, “desapareceram 164 milhões de euros do mercado publicitário” português, traduzidos numa quebra estimada de 40% no período entre 2011 e 2013. Por seu turno, Beato Teixeira, administrador da RTP, que também participou no congresso, disse que o futuro da empresa vai ser condicionado a dobrar: “Vamos sofrer duplamente, com a perda da indemnização compensatória, e com a descida do mercado publicitário”.
(Lusa)
Ainda sobre a possível privatização de um dos canais da RTP, o gestor disse que se trata de “uma ideia peregrina” no atual contexto. “Há uma grande quebra no mercado publicitário, na ordem dos 20%, e os privados debatem-se com a necessidade de fazer cortes na grelha de programação para manter a rentabilidade. Não é o momento de inserir um novo ‘player’ [operador] no mercado”, defendeu. “Cabe ao Governo decidir o que quer fazer. Nós pensamos que o serviço público não deve concorrer com as televisões privadas e não deve ter publicidade”, sublinhou. E reforçou: “São poucos os países europeus que suportam três operadores [televisivos] privados. Não faz qualquer sentido ter três operadores privados num mercado como o nosso”.
Segundo Pais do Amaral, há também a questão financeira, já que, no seu entender, “a RTP não vale 500 milhões de euros”. Por isso, o responsável questionou se o Governo já fez uma avaliação da empresa e se já tem interessados numa eventual operação de privatização.
Já Luís Marques, que é o presidente executivo da área editorial do Grupo Impresa, que detém a SIC, concordou, no mesmo evento, que “a entrada de um novo operador agrava ainda mais a situação” das empresas de media em Portugal. “Se tal acontecer, a situação torna-se catastrófica”, sublinhou, acrescentando que “é impensável que hajam muitos interessados na privatização de um canal da RTP”.
Luís Marques salientou que, nos últimos anos, “desapareceram 164 milhões de euros do mercado publicitário” português, traduzidos numa quebra estimada de 40% no período entre 2011 e 2013. Por seu turno, Beato Teixeira, administrador da RTP, que também participou no congresso, disse que o futuro da empresa vai ser condicionado a dobrar: “Vamos sofrer duplamente, com a perda da indemnização compensatória, e com a descida do mercado publicitário”.
(Lusa)
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