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Nuno Santos demite-se da direcção de informação da RTP

Nuno Santos

Nuno Santos, o até agora director de informação da RTP acaba de se demitir do cargo que exercia desde Março de 2011. O jornal i, confirma a noticia avançada e adianta que também o adjunto, Vítor Gonçalves, que conduzia as entrevistas no programa 'De Caras', está de saída.

Nuno Santos e Vítor Gonçalves apresentaram a demissão por sentirem quebra de solidariedade da administração presidida por Alberto da Ponte, recentemente nomeado para o cargo pelo Governo. Em causa estão suspeitas de uma alegada entrega a entidades terceiras de imagens não transmitidas dos incidentes ocorridos frente à Assembleia da República no passado dia 14 de novembro, dia de greve geral.

Nuno Santos assumiu a Direção de Informação da RTP em Março de 2011. O jornalista era diretor de programas da SIC, cargo que ocupou desde 2007, quando saiu da RTP para a estação de Pinto Balsemão. O regresso de Nuno Santos à RTP aconteceu depois da saída de José Alberto Carvalho, ex-diretor de informação da estação pública, e de Judite de Sousa, então diretora-adjunta, para a TVI.

À poucos minutos, foi revelado o comunicado enviado, pelo agora diretor demissionário de informação da RTP, à redacção da estação estatal:

«A meu pedido renunciei hoje ao cargo de Diretor de Informação da RTP tendo apresentado a minha demissão ao Conselho de Administração. Esta decisão é irreversível. 

Nos últimos dias efetuei um conjunto contactos informais e uma reunião com o Conselho de Redação enquanto órgão representativo dos jornalistas. Reuni também com a Comissão de Trabalhadores. Aos dois órgãos, e no plano da competência de cada um deles, prestei todos os esclarecimentos que me foram pedidos sobre uma hipotética entrega a entidades externas à RTP de imagens não exibidas (vulgarmente denominadas como “brutos”) dos incidentes do passado dia 14 de Novembro em frente ao Parlamento. 

Nessas reuniões garanti ¿ e reafirmo de forma categórica – que nenhuma imagem saiu das instalações da RTP. Respondi de forma clara a todas as questões e apresentei um conjunto de factos complementares entendidos e aceites pelas partes que deram o assunto como encerrado. 
Durante todo o processo mantive informado e com detalhe o Diretor-Geral de Conteúdos, Luís Marinho. Este processo abalou a relação de confiança com o Conselho de Administração a quem expressei a minha profunda discordância com o clima de suspeição instalado antes mesmo da abertura de qualquer processo de inquérito. 

Na minha condição de Diretor de Informação não tive qualquer intervenção direta nem autorizei de forma expressa ou velada a cópia de quaisquer imagens. No entanto e como líder da equipa entendo que, se não existe confiança na Direção de Informação, devo assumir por inteiro as minhas responsabilidades. Não há, nestas alturas, dois caminhos e nesse sentido renunciei ao meu cargo. Saio de consciência tranquila e porque é minha convicção ser essa a solução que permitirá à Direção de Informação da RTP abrir um período de reflexão e fazer emergir uma nova liderança. 

Estes 20 meses de trabalho em conjunto foram muito estimulantes. Devo a todos uma palavra de agradecimento pela colaboração prestada. A Redação da RTP já mostrou em muitos momentos ser uma Redação excecional. Este é talvez um dos mais delicados de sempre mas, porque essa é a natureza da equipa, será dada uma resposta à altura.»

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