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Dona da SIC com prejuízo de 3.6 Milhões

A Impresa, dona da SIC e Expresso, registou um resultado líquido negativo de 3,6 milhões de euros até Setembro deste ano, uma melhoria de 89,4% face aos 34 milhões de prejuízos obtidos em igual período de 2010. Em comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo de média aponta que os resultados líquidos, ajustados de imparidades, foram de -3,1 milhões de euros, uma melhoria de 32,2%.

A dívida líquida do grupo liderado por Francisco Pinto Balsemão foi, até Setembro, de 218,9 milhões de euros, o que representa uma redução de 13,7 milhões em termos homólogos. Nos primeiros nove meses de 2012, as receitas consolidadas da Impresa foram de 167,2 milhões de euros, uma descida homóloga de 8,5%, "como resultado da degradação da conjuntura económica, que penalizou as receitas publicitárias e as vendas de publicações", indica a Impresa.

Pelo "lado positivo", diz o texto do grupo que detém a SIC ou o Expresso, é de referir que "as receitas de subscrição de canais e de multimédia continuaram a subir". Até Setembro, as publicações do grupo registaram uma descida de 11,4% nas vendas, ao mesmo tempo que se verificou um aumento de 13,6% nas receitas de multimédia, "resultante dos novos concursos lançados na televisão". Os custos variáveis, aponta ainda a Impresa, desceram 10,5%, "destacando-se a redução dos custos de programação em 5,8% e os custos fixos", que caíram 6,6% no mesmo período, "impulsionados pela redução dos custos com pessoal em 7,2%".

No acumulado a Setembro de 2012, os resultados financeiros da Impresa subiram 2,1% relativamente ao mesmo mês de 2011, atingindo 10 milhões de euros. "Apesar da redução da dívida líquida em termos médios, registou-se um aumento derivado das perdas cambiais", nota a empresa. Em Outubro, e no âmbito do seu processo de reorganização, a Impresa decidiu reduzir o seu quadro de empregados em cerca de 50 pessoas, abrangendo todas as áreas do grupo, e em particular a Impresa Publishing, "na sequência de uma reflexão estratégica que teve como base a definição das áreas editoriais, e respectivo portefólio de publicações em que a empresa quer estar presente". Estas medidas, reconhece o grupo de media, vão agravar os custos operacionais no quarto e último trimestre de 2012. Só no terceiro trimestre do ano, entre Julho e Setembro, a Impresa registou prejuízos de 2,48 milhões de euros, pior que as perdas de 1,45 milhões de euros obtidos no período homólogo.