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Tozé Brito fala sobre Luciana Abreu e deixa recado a Luís Jardim

Dois anos depois, após o fim das duas temporadas da produção infanto-juvenil, Floribella, a estação de Carnaxide lançava «Lucy», o programa matinal de fim-de-semana virado para as crianças e adolescentes, em que Luciana Abreu era a apresentadora. Mas nem tudo foi um «mar de rosas», que o diga Tozé Brito, autor dos temas musicais do programa. Agora, o músico alerta Luís Jardim que está já a preparar o CD de Luciana Abreu, a vencedora da segunda temporada d’ «A Tua Cara Não Me É Estranha».

«A SIC entrou em contacto comigo e pediu-me para escrever temas para uma série nova, “Lucy”, que era o follow up da “Floribella”», começa por dizer Tozé Brito à revista TV7Dias, acrescentando que «Na altura disse ao Zé Serrão, que era o diretor da iPlay: “Tenho muito gosto em escrever, mas quero conhecer a Luciana pessoalmente.”. E aí comecei a perceber que íamos ter problemas! Não era entre mim e ela, era com o programa e as canções.», recordou. E o músico explica: «A SIC e a iPlay, que me estavam a encomendar e a pagar o trabalho, diziam: “Isto é um programa que é suposto ser a continuação da Floribella“, ou seja, para um público jovem, maioritariamente feminino e na faixa dos dez aos 14 anos. Mas quando falei com a Luciana comcecei a perceber que ela queria ser uma Jennifer Lopez, uma Rihanna, uma cantora completamente adultam que apanhava o público jovem, mas também o adulto e com uma imagem completamente distinta do que a SIC me dizia.». E completa: «A Luciana queria fazer da “Lucy” uma figura com uma carga sensual enorme, demais para aquele target infantil e para o horário matinal.», acrescentou.Tozé Brito acaba por atribuir a Luciana Abreu a culpa do formato não ter resultado. Segundo o músico, a apresentadora «batia o pé» para levar sempre a sua avante, fazia birras dizendo que não queria cantar determinadas músicas e mudou radicalmente o conceito do formato do programa (desde as roupas ao cenário). 

E porque é que a SIC aceitava tais caprichos? «O investimento já estava feito e o programa já não se conseguia travar, A SIC tinha andado a anunciar o regresso da Luciana durante meses. Dizer que já não havia programa teria sido muito mau para a SIC… e para ela.», explicou Tozé Brito à mesma publicação. «Ela queria impor a vontade dela, com tiques de vedeta. A maior prejudicada do falhanço foi a Luciana e, se calhar, ainda hoje está a pagar a fatura!», acrescentou.

Agora, Tozé Brito dá um recado a Luís Jardim, presidente do júri d’ «A Tua Cara Não Me É Estranha» da TVI. Sabendo da admiração de Luís Jardim por Luciana Abreu e a empatia que existe entre ambos, o compositor avisa: «A empatia entre a Luciana e o Luís Jardim pode ser-lhe altamente favorável se ela souber trabalhar com ele e ouvi-lo… O Luís também tem uma personalidade muito forte e é um brilhante músico, com um passado que fala por ele. Por isso, se ela teimar em só fazer o que quer, vai ter muitos problemas. Mas se tiver a humildade de ouvir o Luís, pode ir muito longe e ter um grande futuro.», diz à mesma publicação, acrescentando que «Espero que o Luís tenha capacidade para perceber que a Luciana não é pera doce, embora tenha um potencial fantástico. Ele vai ter de trabalhar numa situação de compromisso em que tem de dizer “Aqui mando eu”. Eu conheço-o e, se ele quiser falar comigo, tenho a experiência de trabalhar com a Luciana… e não foi boa. 

Há que ouvir as pessoas que não conseguiram tirar nada… porque ela não deixou. Foi talvez o projeto em que me senti mais desiludido, por perceber o potencial que tinha e por a Luciana não se aperceber da oportunidade que lhe estavam a dar. Ela não aproveitou. Eu voltava a escrever para ela, mas dentro de certas regras.», concluiu.