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RTP e TVI votam contra novo sistema de medição de audiências

Após o adiamento desde o início do ano, parece ser mesmo dia 1 de Março que o novo sistema de medição de audiências começa a funcionar. No entanto, e numa altura em que a GFK, a empresa que passará a ter essa responsabilidade, realiza os decisivos testes, TVI e RTP votaram contra o novo sistema, devido as dúvidas quanto à representatividade do painel e à fiabilidade do novo método.

É já no próximo dia 1 de Março que o sistema de medição de audiências televisivas vai passar a ser executado pela GFK. Segundo o jornal Expresso, a decisão foi tomada na passada segunda-feira pela Comissão de Análise de Estudo de Meios (CAEM), após a aprovação nas secções de anunciantes, de agências e de meios.

Contudo, se a ZON, PT e SIC (da qual Luís Marques, director-geral da estação faz parte da CAEM) deram o seu apoio, a RTP e a TVI votaram contra, mas o sistema vai mesmo avançar. No caso de os resultados gerados na fase de testes conseguirem uma avaliação positiva e forem validados pelo conselho técnico e pela direcção da CAEM, a GFK começará a prestar formalmente ao mercado o serviço de medição de audiências a partir de 1 de Março. Contactado pelo Expresso, Fernando Cruz, director-executivo da CAEM, remeteu a decisão final para “os últimos dias de fevereiro”.

Segundo aquilo que investigou o referido jornal, os votos contra da RTP e TVI estão relacionados com as dúvidas quanto à representatividade do painel de 1100 lares instalado pela GFK e quanto à fiabilidade do sistema de audio matching. No primeiro caso por entenderem que o painel de lares não é representativo do país e no segundo caso por a nova tecnologia da GFK não estar a conseguir identificar os sinais sonoros de todos os 150 canais incluídos na medição de audiências.

Perante o avanço da mudança, as duas estações estão a ponderar impugnarem o arranque oficial da medição de audiências pela GFK.

Apesar de todas as críticas, António Salvador, diretor-geral da GFK, garantiu que o painel e o sistema “não têm problemas” e que irão “melhorar de mês para mês”, desvalorizando, assim, as críticas recebidas.