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"Rainha das Flores". Conheça a Família Correia



Estreia em maio, na SIC, a nova novela de horário nobre, Rainha das Flores. Sandra Barata Belo e Pepê Rapazote são os protagonistas. O Fantastic apresenta-lhe o núcleo da família Sousa, do qual fazem parte as personagens Daniel (Pepê Rapazote), Carmen (Rosa do Canto), Sofia (Bárbara Lourenço) e Júlia (Madalena Aragão).

Fialho Barros, 67 anos
(António Fonseca) 
Sempre amei a minha profissão. E, para mim, ser psicólogo sempre foi algo tão natural quanto ter nascido numa casa com seis irmãos e dois pais disfuncionais: a minha mãe uma escritora com impulsos suicidas; o meu pai, um esquizofrénico mulherengo com outra família. A profissão ajudou-me a encontrar uma justificação teórica para tudo o que vivi naquela casa, mas não evitou que fizesse um corte absoluto em relação a eles. Apesar de ter constituído uma família e ter-me realizado, profissional e financeiramente, também eu vou ter as minhas “imperfeições”, curiosamente, ligadas a essas características dos meus pais: tenho uma amante há mais de 20 anos, o que vai ser um choque terrível para a minha Rute quando ela descobrir e pôr em causa o nosso casamento; e, pior, vou sofrer de uma doença terminal e desejar pôr fim à minha própria vida. Até lá, porém, terei de voltar a dar consultas por causa da falência do atelier dos meus filhos – onde vou receber a Rosa, a Júlia, o Bruno e o Rafael, entre outros. Regressar ao trabalho nem me incomoda tanto, agora ter de vender todos os nossos bens… É um rude golpe para um homem da minha idade. Pode ser que a partir de agora o César deixe de fazer asneiras… O que me vai ajudar muito nesta altura é a convivência com o Rui e o Samuel, os meus grandes e velhos amigos. E a companhia da Piedade que nunca me deixa de fazer sentir um verdadeiro homem, mesmo com 67 anos. 

Rute Barros, 62 anos
(Cristina Homem de Mello)
Eu pensava que tinha uma vida segura. Mas esta certeza desapareceu quando a chico-espertice do meu filho César levou aquela obra e toda a família à ruína, obrigando-me a dar aulas de pintura em casa para ajudar nas contas da família. Um dos meus alunos vai ser o jovem e talentoso Rafael, através do qual vou conhecer mais a fundo a street art. A mistura dos dois universos vai ser fascinante também para mim. Tirei o curso na ESBAL e durante algum tempo ainda pintei os meus quadros, mas a minha vida profissional foi feita, acima de tudo, no ensino. Só que agora, com a minha idade, este não era o meu plano. Eu queria aproveitar a reforma para viajar com o Fialho e conhecer países onde nunca tinha ido. No entanto, o meu casamento vai ficar em risco no dia em que descobrir o caso do Fialho com a Piedade. Vou ficar em choque e chegar a culpar-me, mas depois deixo de ter pena de mim. Aí vou tornar-me determinada e, a certa altura, explorar a sexualidade de outra forma. Vou ousar, desfrutar do meu corpo que faz inveja muitas mulheres de 40 e que o Rui vai saber aproveitar. Vou assumir o controlo da minha vida. E não há trabalho, marido, nem filhos que destruam este plano! 

Marcelo Barros, 38 anos
(Marco Delgado)
Se há dez anos me dissessem que hoje estaria divorciado e falido, eu iria soltar uma sonora gargalhada e diria que, para isso acontecer, tudo na minha vida teria de caminhar para uma catástrofe. E caminhou... Não passo muito tempo a tentar encontrar justificações para o que me levou até aqui, mas é claro que uma das razões teve a ver com as minhas escolhas: ter casado com a Beatriz, que se transformou numa pessoa irreconhecível depois do nascimento do nosso filho; e ter investido no atelier do meu irmão – ele que, literalmente, deu cabo do negócio. A partir daqui vai ser muito difícil conviver com ele e, uma vez por outra, lá vamos nós engalfinhar-nos como dois adolescentes… Dentro deste turbilhão em que a minha vida se transformou vai, no entanto, aparecer a Rosa, a única pessoa a dar-me esperança que posso realmente voltar a ser feliz. Eu sei que ela sofreu um acidente brutal, que tem amnésia e uma família, mas quando começo a perceber que poderei ser correspondido, vou avançar. Com o Daniel vou andar sempre em conflito, mas nos momentos em que conseguir estar com a Rosa, vou me sentir apaixonado e realizado. E vou lutar por ela. Afinal, também tenho o direito de ser feliz. 

César Barros, 40 anos
(Gonçalo Diniz)
O meu lema é: “Quem acha que não pode ter tudo, quer pouco”. Raramente falho. Mas quando acontece, o efeito é tão grandioso quanto a minha vontade de vencer sem esforço. Sim, foi o mau negócio que fiz e o descuido do trolhafantasma que levou a minha empresa e a família à falência. Mas nunca vou admitir isto. Depois deste falhanço único, mas épico, tornei-me agente imobiliário. Só que não quero vender casas. Quero ter casas. Na praia, no campo, na cidade… em todo o lado. A arquiteta Paula, com quem gosto de dar umas voltas de vez em quando (sem compromisso, como faço sempre questão de dizer…), vai ajudar-me a encontrar o meu bilhete dourado: a Floriz. Quando descobrir o potencial que a empresa pode ter na minha conta bancária, vou aproximar-me da Rosa. O meu charme e corpo irresistíveis ficavam-lhe melhor que os bons princípios do Marcelo. Só que a amnésia tirou-lhe o poder. A Narcisa é o alvo a atingir, mas não vai ser tão fácil como pensei. É dura e está em hibernação sexual há 10 anos. Mas em 40 que tenho de vida, nenhuma mulher me resistiu. Isso também não vai acontecer com a Narcisa. E quando esse dia chegar, a casa dos Severo vai ter um novo magnata na calha de apelido Barros. 

Beatriz Correia, 35 anos
(Leonor Seixas)
O nascimento do Nuno mudou-me completamente como pessoa. De repente, fiquei estarrecida por ter uma pessoa tão dependente de mim, mas decidi assumir a responsabilidade. A cem por cento. Passei a ver o mundo como um lugar verdadeiramente selvagem para se viver e, com uma criança tão pequena, fiquei mais vulnerável. Os alimentos cheios de químicos, as vacinas e os antibióticos, as escolas sem respeito pela individualidade… Enfim, tantas coisas que não queria que o meu Nuno enfrentasse. Com o tempo aprendi que é possível encontrar alternativas, o que exige muito de mim. Mas quero que o meu filho seja diferente, verdadeiramente saudável, física e psicologicamente (e se a certa altura tiver de o tirar da escola para adotar o ensino doméstico, podem ter a certeza que o farei!). É claro que tudo isto vai contra aquilo que o Marcelo quer para o filho, mas já estou cansada de lhe explicar que nós nunca vamos estar de acordo em relação à educação do nosso filho. E não vou fazer cedências, nem que por vezes tenha de tomar decisões radicais. Para me sustentar dou aulas de aeróbica no Aliança, onde vou conhecer a fantástica Carmen e, mais tarde, o seu filho Daniel, com quem vou ter uma relação muito próxima. Poderá ser ele o pai que eu adorava que o Nuno tivesse? Vamos ver… 

Nuno Barros, 9 anos
(Bruno Lagrange)
Eu gosto muito da minha mãe, mas ela cansa-me… Está sempre a fazer comparações com os outros miúdos da minha escola, as coisas erradas que eles (e os pais deles) fazem… a falar das vantagens do arroz integral, da soja, os perigos dos medicamentos, das novas tecnologias… Enfim, com o meu pai ao menos posso estar tranquilamente a ver televisão enquanto como pipocas doces ou a jogar computador sem que alguém esteja a controlar se é violento, se tem armas, sangue, etc… Eu preferia viver com ele, mas é claro que nem me atrevo a dizer isso a ela… Às vezes, sinto-me um extraterrestre na escola e é também por ser tão diferente que vou ser alvo de bullying. Na sequência disso, vou ter aulas de natação no Aliança e vou adorar. A Júlia vai ser a minha melhor amiga. Com ela vou poder falar sobre tudo o que me incomoda. Mas, enganem-se, se pensam que vamos ser uns “anjinhos”. Também vamos pregar as nossas partidas.

Texto: SIC / SP Televisão