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Fantastic Entrevista | Kika


Kika completa 20 anos em 2017 e é já uma das grandes estrelas pop em Portugal. “Love Letters”, o segundo álbum de estúdio da jovem, foi editado em fevereiro e já está a fazer sucesso nas lojas e nas plataformas digitais. Tornou-se uma revelação da música portuguesa com apenas 15 anos e, em poucos meses, Guess It's Alrighit, o seu single de estreia, chegou aos tops das rádios nacionais. Kika é a nossa convidada desta semana no Fantastic Entrevista.

Em 2013, entras no mundo da música com o sucesso "Guess It's Alright", que rapidamente conquistou os teus fãs. Que mudanças trouxe este momento para a tua vida?              
Foi um momento muito bom para mim. Sobretudo, trouxe-me felicidade e alguma confirmação de que se calhar não eram só os meus amigos e família que me queriam ouvir! J Não alterou a minha vida em grande escala, deu-me a oportunidade de fazer alguns concertos e partilhar a minha música, mas não teve um efeito muito grande no meu dia-a-dia, sou uma pessoa bastante discreta. Continuei a estudar e a fazer tudo aquilo que fazia, mas também ensaiava e atuava.

Ainda assim, este não foi o momento exato em que a música surgiu na tua vida. A partir de que idade começaste a cantar?
Eu não consigo indicar a idade em que comecei a cantar porque acho que passamos a vida toda a cantar. Toquei piano desde muito nova, e acho que o momento em que comecei a fazê-lo e a mostrar a alguma gente foi quando me fartei um bocadinho do piano clássico, e comecei a tocar acompanhamentos para cantar. Depois fiz parte de uma banda no CLIP onde estudei desde os 13 anos talvez, e entrei numa escola de música para aprender a tocar guitarra e bateria. A partir daí comecei a cantar muito mais.


Como é o teu dia-a-dia? Consegues conciliar a música com a faculdade, família e amigos? É um processo fácil?
Neste momento não é muito complicado porque não tenho assim tantos compromissos. Claro que à medida que vão aparecendo mais vai ficando mais difícil. Mas eu sei que os estudos, a minha família e amigos são tao importantes para mim que muito embora a música me faça sentir tão bem, não vou negligenciar esses aspetos da minha vida. São as coisas que formam a pessoa que sou e acho que é muito importante conseguir equilibrar tudo.

“Love Letters” é o nome do teu novo álbum. Que mensagem queres transmitir com o novo projeto?
O nome do álbum surge de o facto do elemento comum nas musicas ser um sentimento muito forte. Amor de que forma seja, pelos amigos, família, ou de forma mais romântica. Não é tanto uma mensagem que quero transmitir mas um sentimento. Que as pessoas oiçam as músicas e nem que não seja através de letra mas da sonoridade, consigam sentir-se felizes ou tristes, ou outra coisa no enorme espectro que existe entre essas duas “grandes”.



“If This Is Love” foi o primeiro single retirado de “Love Letters”, tendo integrado a banda sonora de "Massa Fresca". Qual a sensação de ouvires a tua música a passar nas rádios nacionais ou nas telenovelas?
É muito especial. A integração na novela é super positiva porque é sempre bom as pessoas terem os aspeto visual para ligar com o sonoro. Assim, atribuem à música uma história concreta e acho que isso faz com que depois a oiçam e sintam qualquer coisa. Em relação a passar nas rádios, fico sempre muito feliz quando as oiço, faz-me sentir que estou no meu caminho.

Tens alguma fonte de inspiração a nível nacional? E internacional?
A inspiração está em toda a música que oiço. Desde a Amy Winehouse a Adele, ao John Mayer, oiço todo o tipo de música de Pop, a Blues, a Jazz e acho que isso complementa o meu estilo. Em Portugal embora não seja a música que faço adoro a Mariza e desde pequena o Pedro Abrunhosa e o Rui Veloso. Não influenciam talvez diretamente o que faço mas são certamente pessoas que admiro.
  
Desde que começaste no mundo da música, como vês a tua evolução enquanto artista? 
Acho que cada vez estou mais confiante na minha identidade musical, e como tal, intervenho muito mais nas decisões que são feitas. A minha voz também mudou bastante com o tempo. Sinto-me também melhor preparada para lidar com as eventuais críticas que me possam ser feitas sem que isso me faça duvidar de todo o trabalho feito.



Tens apenas 20 anos. Qual o teu maior sonho a nível musical?
Na verdade eu não sonho com nada em particular. Sonho com encontrar exatamente a musica que me faz sentir melhor, e que por consequência, interpreto melhor. Sonho que essa musica seja bem recebida e algum dia cantar em sítios espetaculares e fazer parar o tempo como pára o tempo para mim quando oiço música fenomenal.

Como olhas para o atual panorama da música portuguesa?
Acho espetacular! Cada vez há mais artistas jovens a introduzir muita qualidade e diversidade, mais eventos, mais oportunidades... Sinto que vai ficando melhor com o tempo e com a introdução de tantos géneros diferentes internacionalmente que acabam sempre por influenciar a música pelo mundo.

Que novidades podemos esperar da Kika nos próximos tempos?
 Neste momento gostava de ter oportunidades para cantar as músicas deste álbum de que gosto tanto ao vivo. Será esse o meu foco nos próximos tempos; fazer com que as pessoas conheçam a musica e saber e aprender com a reação e feedback delas.

Fantastic Entrevista | T8 - Edição 10
Abril de 2017
Entrevista: Flávio Bártolo