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Saídos da Rádio | Crimson Hall


Seja bem-vindo a mais uma edição do Saídos da Rádio, a rubrica do Fantastic onde damos a conhecer novos talentos da música portuguesa. Nesta primeira edição da nova temporada, os Crimson Hall são os nossos convidados. 

Os Crimson Hall surgem em 2014, entrando em estúdio no ano seguinte. Depois de alguns meses de trabalho, gravaram aquele que é o seu primeiro álbum, que terá edição digital em junho de 2016. Better Safe Than Sorry é o primeiro single.

ENTREVISTA

Os Crimson Hall são uma banda composta por cinco elementos: André Peixoto, David Rodrigues, João Ferrão, João Ferreira e Ricardo Gomes. Falem-nos um pouco acerca de cada um dos elementos.

O André Peixoto é o vocalista, é ele que idealiza as melodias e letras que são trabalhadas por nós, e é também o único de nós que tem uma ocupação profissional fora da música. O Ricardo Gomes toca guitarra nos Crimson Hall, trabalha como músico freelancer e professor de música. É um dos motores criativos da banda, cria muitas das partes instrumentais dos nossos temas. Eu, João Ferreira, toco guitarra nos Crimson Hall, sou professor de música e trabalho como freelancer com vários artistas e bandas. Completo, com o André e com o Ricardo, o triângulo criativo da banda, crio partes instrumentais, apesar de ter uma letra da minha autoria que aparecerá neste disco...  O João Ferrão é o nosso baixista, é professor de música e toca em vários projectos, é o nosso pilar de tranquilidade que faz avançar os temas quando os estamos a tocar. O David Rodrigues é o baterista. É finalista do curso de Jazz e Música Moderna na Universidade Lusíada e é um turbilhão de energia e ideias que são levadas para as nossas performances e que as tornam mais intensas.

A ideia de criar uma banda partiu do João Ferreira que, na altura, era estudante de Jazz na Universidade Lusíada, tendo conhecido neste contexto o Ricardo Gomes. De que modo a formação académica foi importante para o início do projeto?
A formação acho que, por si, não foi relevante para o início do projeto. Obviamente deu-nos ferramentas importantes para construir e tocar os nossos temas, mas só isso. Neste caso, a universidade foi importante porque nos juntou, a mim, ao Ricardo e o David.

Foto: Gennaro
A banda surge em 2014 e, um ano depois, iniciam a gravação do vosso primeiro álbum. Como é que tudo aconteceu, desde a formação dos Crimson Hall até à entrada em estúdio?
Tínhamos um plano. A partir de Junho de 2014 começámos o processo de criação dos temas que durou até Novembro desse ano. Em Outubro, ainda em 2014, começámos a ensaiar. Em Maio de 2015 entrámos em estúdio, gravámos todos os instrumentos, e a partir de Setembro dedicámo-nos às vozes. Já este ano, acrescentámos alguns pormenores que nos pareceram importantes e iniciámos o processo de mistura. Este ano também fizemos o nosso primeiro vídeo e estamos agora a tratar do segundo.

O vosso primeiro álbum será lançado em junho de 2016 e será digital. Porquê a escolha deste formato?
Hoje em dia as pessoas existem em dois planos, o plano físico, e o "cyber" plano que, através das redes sociais e das lojas digitais, nos põe em comunicação com tudo e todos. Apesar do primeiro ser o mais importante porque é aquele em que temos a nossa vida real e onde as coisas realmente importantes acontecem, o segundo apresenta-nos uma via de comunicação importantíssima que nos permite chegar a muita gente. O veículo que nos permite viajar através deste mundo é o formato digital daí acharmos da maior importância termos o nosso álbum distribuído digitalmente.


Desde 22 de abril, está disponível o vosso single Better Safe Than Sorry, um tema que fala “sobre a falta de confiança existente nas relações e sobre a eventual desilusão aquando da perceção mais profunda da natureza do outro”. Que mensagem pretendem transmitir com a vossa música?
A mensagem deste tema em específico é basicamente: mais vale estares sozinho e bem do que te entregares a alguém duvidoso, que poderás vir a concluir não ser merecedor do teu respeito. Na verdade o que pretendemos com a nossa música é transmitir ao público os nossos pensamentos, problemas, sucessos, fracassos, por isto não há uma mensagem comum mas sim uma finalidade comum que é transmitir aos outros determinada mensagem que em determinada altura achamos pertinente.

Sendo uma canção rock, tiveram algumas influências músicas para a composição da mesma?
Sim, temos várias influências, de Nirvana a Foo Fighters, The Strokes, Queens of the stone age, Artic Monkeys, Ornatos Violeta, o André adora Brit Pop... Eu, o Ricardo e o David estudámos jazz... A estética dos Crimson Hall é uma mistura de tudo isto com um toque nosso, mas é tudo um processo inconsciente...


O nome do vosso projeto e do single de lançamento é escrito em inglês, assim como a letra das vossas músicas. Porquê esta opção? 
Apesar de adorarmos a música em português como por exemplo Ornatos Violeta, Jorge Palma entre tantos outros, as nossas grandes influências vêm de países de língua inglesa ou são artistas/bandas que se exprimem em inglês, por isso foi uma coisa não pensada, foi natural...

Numa altura em que o rock português é cada vez mais diversificado e abrangente, quão importante e diferenciador poderá ser o vosso trabalho junto do público?
Nós fazemos música para as pessoas, a pensar nelas, o rock, muitas vezes, tem um cariz underground, nós pretendemos ser mainstream. Queremos ter canções de que todas as pessoas possam gostar. 



Para além do Better Safe Than Sorry, o que nos podem revelar acerca do vosso novo álbum? 
O nosso segundo single será um tema mais calmo, não é uma balada mas é um rock mais tranquilo. Depois temos alguns temas mais "intensos", no fundo temos três ou quatro facetas de criação que estarão bastante presentes neste álbum. Cada uma destas facetas estará repesentada por um ou dois temas, mas acho que chega de revelações, o álbum está aí a chegar e todos poderão tirar ilações.

No que respeita aos concertos ao vivo, o que poderão esperar as pessoas que vos seguem? 
Energia, entrega, são concertos intensos, deixamos o couro e o cabelo nos palcos. Contem com a nossa entrega e nós contamos com a vossa!

Saídos da Rádio - T2 | Edição 1
Maio de 2016
Convidados: Crimson Hall
Entrevista: André Pereira
Agradecimento: Farol Música