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RTP1 repõe mini-série "4" esta semana

A RTP1 irá repôr esta semana, de terça a sexta, ao final da noite, quatro telefilmes que fazem parte de uma mini-série que a RTP1 intitulou de "4 - Portugal Hoje". Quatro escritores, representativos da nova geração, aceitaram o desafio e escreveram livremente, individualmente, uma história que representa a sua visão de autor sobre o Portugal contemporâneo.

 

José Luís Peixoto escreveu "Entre as Mulheres", Pedro Mexia o "Bloqueio", João Tordo a "Crónica de uma Revolução Anunciada”" e Valter Hugo Mãe escreveu "A Morte dos Tolos".A realização está a cargo de Henrique Oliveira, responsável por alguns dos programas de sucesso da RTP como "Claxon", "Major Alvega" e, recentemente, "O Segredo de Miguel Zuzarte", telefilme nomeado para melhor ficção europeia de 2011 nos festivais de ficção televisiva de La Rochelle e Prix Europe em Berlim.

 

 

No primeiro telefilme, "Entre As Mulheres", que vai para o ar esta terça, José Luís Peixoto leva-nos a conhecer Vitória, uma viúva que esconde uma terrível herança. Vitória (70 anos) está no cemitério a limpar a campa do marido e a insultá-lo entre dentes e entreo surge outra viúva, que se aproxima e lamenta o desaparecimento deste, Vitória concorda com ela, contradizendo a postura de quando estava sozinha.

 

No segundo, "Bloqueio", Pedro Mexia apresenta-nos Miguel, um homem que aos 40, inventa uma crise conjugal... para procurar novas experiências. A ideia de que uma crise é uma oportunidade não é nada agradável para quem está em crise. O protagonista da história precisa de outras oportunidades, de outras experiências, e por isso inventa uma crise. Uma crise conjugal. Ele tem quarenta anos e um casamento estável, talvez não feliz, mas não em crise.

 

  


Em “Crónica de Uma Revolução Anunciada”, João Tordo conta-nos a história de Júlia, uma brasileira que aterra em Lisboa para o funeral do pai e que acaba por se apaixonar por um português… que vai mudar a sua vida para sempre. Um dia, Júlia vê passar uma manifestação de jovens insatisfeitos que desce a Avenida da Liberdade. Repara, pela primeira vez, num rapaz, Álvaro, que se destaca dos outros, de megafone em punho, revoltado, carismático, que grita palavras de libertação do sistema corrupto do capitalismo e da política partidária.

No último telefilme, "A Morte dos Tolos", de Valter Hugo Mãe, alguém diz à mãe de um rapaz com perturbações mentais que o seu filho, quando morrer, não irá para o céu. Seria porque os tolos não distinguem uma coisa da outra, e seria um desperdício ocupar um lugar no paraíso com alguém assim. A mãe, angustiada com a evolução do estado do seu rapaz, aflita sem saber em que acreditar, procura nas conversas com o padre e com os vizinhos uma resposta.