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Duplo Clique | "Enquanto houver estrada há magia"

 

Um apresentador, uma equipa técnica e uma carrinha. Neste programa os minutos contam e os maiores sorrisos surgem no final. Estreou na SIC a terceira temporada de “Minutos Mágicos”, com o ilusionista Mário Daniel, fazendo magia nas audiências do canal como o programa mais visto de sábado. Com todo o mérito, esta nova série de episódios esconde truques habilidosos na manga capazes de continuar a deliciar os espectadores, curiosos e surpreendidos. São os “queridos” itinerantes do ilusionismo a provar que a magia não tem idade, percorrendo de lés-a-lés as ruas de Portugal ao fim de 264 efeitos mágicos espetaculares.
  
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As semelhanças com “Querido Mudei a Casa” são bastantes, apesar de, na sua génese, um programa de magia e um programa de remodelações estarem a anos-luz de se conhecerem. Ou não, pois vejamos que Mário Daniel é um comunicador nato, próximo do público, com aptidões de mestre-de-cerimónias (Gustavo Santos fala muito e trabalha pouco); ambos os formatos deslocam as equipas numa carrinha e percorrem algumas povoações portuguesas. A magia é a protagonista e vai acontecendo a cada minuto, seja nas obras, seja num truque de cartas capaz de deixar qualquer um embasbacado. E o resultado final é um espanto: olhos arregalados, lábios abertos, a felicidade no rosto dos anónimos cidadãos contemplados pelos programas que fazem milagres.
  

“Minutos Mágicos” tem algo de muito próprio, na forma e no conteúdo, defendendo a sua identidade como formato lúdico e didático, transversal a todos os públicos. Consegue arredar os velhos truques da pista de circo – a mulher esquartejada ou o agrilhoado em apuros – e levá-los até às pessoas em demonstrações tão acessíveis quanto truques de cartas ou com anéis, desvendando e ocultando simultaneamente os segredos desta secular arte de entreter o público. A arte da Magia (do grego etimológico mageia; “produção de efeitos extraordinários por meios artísticos; encanto; fascínio”), simetria fascinante do invisível sobre o visível, é filão que nunca se esgota, estimulando as tentativas mais divertidas (ou frustrantes) de compreender como foi possível determinado fenómeno ter ocorrido sob o desarmado escrutínio da nossa visão. No fundo, são boas razões para os espectadores admitirem ter sido enganados, inocentemente, pela mestria de Mário Daniel, que tão depressa adivinha o ídolo cinematográfico de Cláudia Vieira como “queima” as moedas da carteira de alguns portugueses.

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O espetáculo televisivo, de resto, só se torna possível no terreno e no ecrã graças às produtoras Mário Daniel Produções e Ideias com Pernas, apostadas em produzir um programa com elevado interesse e apreciável acabamento, com realização e edição impecáveis. “Minutos Mágicos” são minutos que contam não só segundos mas histórias de magia branca com finais felizes, de uma maneira descomprometida, dinâmica e convidativa. Aos sábados à noite, na SIC, enquanto houver estrada há Magia.

“Minutos Mágicos”, T3, para ver aos sábados depois do noticiário, na SIC.


 DUPLO CLIQUE [14ª EDIÇÃO]

Uma Crónica de André Rosa